Brasil: VI Marcha Nacional pela Educação

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realizou a VI Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. A manifestação começou de manhã, contando com cerca de 10 mil pessoas de todas as regiões do país, e acabou com uma vigília na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Logo no início da manhã, o presidente da CNTE, Roberto Leão, comemorou a derrubada do recurso que pretendia levar o projeto de lei (PL 8035/10) que cria o Plano Nacional de Educação (PNE) para o Plenário da Câmara. Agora, o projeto seguirá direto para a análise do Senado. «O dia começa muito bem. É uma grande vitória por conta da mobilização que foi feita», declarou Leão.

Trabalhadores de diversas regiões do país reivindicaram os direitos por uma educação melhor durante a marcha pela Esplanada dos Ministérios. «O Brasil inteiro sabe do salário do professor, da luta que nós estamos, da greve que nós fizemos. O governo não está cumprindo o que prometeu», disse a professora de Santa Catarina Ivania Maria.

«Nós viemos hoje para Brasília para mostrar não só para toda a população do Brasil, mas também para os deputados e senadores, e para a presidenta da República a importância de nós estarmos em alerta o tempo todo para defender o financiamento para a educação e a valorização dos profissionais», disse Ieda Leal, professora na região de Goiás.

No início da tarde, o presidente da CNTE se reuniu com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A reunião era para tratar do reajuste do piso salarial dos professores. No entanto, durante a reunião, Leão recebeu a notícia, por meio de um telefonema, de que governadores de seis estados entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando o artigo da Lei Nacional do Piso do Magistério que trata do reajuste do piso salarial.

O presidente da CNTE lamentou a postura dos governadores: «Isso coloca a discussão em outro patamar. Está judicializado. Mostra que os governadores não têm a menor disposição de negociar, de conversar». Os governadores dos estados do Mato Grosso do Sul, do Goiás, do Piauí, de Roraima, de Santa Catarina, e do Rio Grande Sul são os que moveram a ação.

Mas a luta dos trabalhadores em Educação não para. Os próximos desafios são aprovar integralmente o PNE no Senado e derrubar a Adin dos governadores.

http://www.cnte.org.br

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