INtervenciónSeminário: «ATUAÇÃO E DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE OUTRA EDUCAÇÃO PARA OUTRO MODELO CIVILIZATÓRIO»
20 e 22 de janeiro
Sistematização das contribuições produzidas nos Círculos de Cultura 20 de janeiro. 8h30 – 13h. Parque da Redenção Tenda 5
Seminário 1ª sessão .- Contribuição da educação para a justiça social e a construção do mundo que queremos. Ramón Moncada, Marcio Cruz (FREPOP), Nélida Céspedes (CEAAL), José Luis Pasos (Confederación Española de Asociaciones de Padres y Madres del Alumnado – CEAPA) Pere Polo (Ensenyants Solidaris) Mediação: Sheila Ceccon. (IPF), Alessio Surian COFIR
Intervención de Nélida Céspedes
Círculos de cultura com um total de 38 participantes do Brasil, Peru, México, Colômbia, Paraguai, Espanha, Argentina, Itália e Valência.
Perguntas problematizadoras:
O que fazer para que a educação esteja a favor da emancipação das pessoas e não da mercantilização do ensino, formal e não formal? Como contribuir a partir da perspectiva da educação popular e de outros enfoques transformadores?
PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO: – Repensar a avaliação da educação – A educação formal deve deixar de ser hegemônica, patriarcal e eurocentrista – Voltar a repensar o que são, de fato, práticas democráticas e inclusão. Identificar quem está e não está sendo incluído. – Romper as barreiras dos processos de formação, lutar por mais recursos para a educação.
– Educar para refletir e não para repetir. Estimular o pensamento crítico.
– Realizar práticas educativas contextualizadas, emancipatórias. Tomar a comunidade como base para o currículo.
– Recuperar, no processo educativo, práticas educativas «perdidas».
– Retomar a amorosidade de que falava Paulo Freire.
– Recuperar teóricos que marcaram época na América latina.
– Garantir a escuta de todos/as, escuta que dê existência à fala do outro/a.
– Praticar a democracia na escola, não tê-la apenas como norma.
– Entender a cultura de maneira ampliada, incluir a cultura do território, trabalhar com o conceito de cidade educadora, de cidade como lugar de educação onde há uma multiplicidade de agentes educadores.
– Ultrapassar o espaço institucional para construir uma cultura contra hegemônica.
– Construir, coletivamente, outra leitura da realidade.
PERSPECTIVA DA ARTICULAÇÃO:
– Construir discurso global que dê respostas à educação única/ hegemônica, buscar «influenciar» os grandes poderes que mercantilizam a educação.
– Disputar o significado das nossas palavras de luta.
– Articular outros sujeitos educativos nos processos do FME: Mídia livre, movimentos de secundaristas, de juventude, de pais/mães etc.
– Compartilhar (nos FMEs) experiências educativas concretas, buscando inspirar novas práticas, divulgar novas narrativas e experiências de educação alternativas.
22 de janeiro. 8h30 – 13h. Parque da Redenção Tenda 4
Seminário 2ª sessão .- A contribuição do FME nos 15 anos do FSM. Principais marcos. Contribuições e reflexões para avançar
Moacir Gadotti Instituto Paulo Freire (Brasil) , Salete Valesan (Flacso), Albert Sansano (Confederaçao STEs) Mediação: Beatriz Gonzalez (CAORDIA)
Intervenção de Moacir Gadotti (aqui em pdf)
Círculos de cultura com um total de 33 participantes do Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai, Valência e Itália. (cerca de 40 professores/as de Brasília participaram apenas da primeira parte do Seminário e não puderam ficar para os círculos de cultura por terem inscrito atividade no mesmo horário. Saíram antes de passarmos a lista de presença)
Pergunta problematizadora: Como fortalecer o FME e ampliar seu poder de incidência, na perspectiva de enfrentamento à mercantilização vigente ( da educação, da vida) e efetivação de uma educação pública e popular, crítica e emancipadora?
CONTRIBUIÇÕES DOS CÍRCULOS DE CULTURA:
– Reafirmar a educação como direito público estatal, laico e gratuito, realizada de forma crítica, popular e emancipadora.
– Construir estratégias de fortalecimento dos espaços de participação da sociedade civil, articulando movimentos sociais, sindicais, organizações de jovens e de idosos, para integrar as agendas e a luta em prol da educação emancipadora. (aproximar o FME da agenda de lutas de direitos humanos, por exemplo)
– Buscar incidir, com pautas do FME, em planos de governo de candidatos a eleições.
– Criar um site do FME para socializar experiências, metodologias e ações, ampliando e assegurando a visibilidade do FME. Ampliar a rede do FME e retroalimentar diálogos onde circulem diferentes narrativas possibilitando e construção de novas propostas. Alimentar redes sociais, como por exemplo uma fanpage do FME.
– Pensar outros espaços de mídia que contribuam. Articular o FME com o FMML.
– Fazer com que documentos do FME cheguem às escolas. Fortalecer a participação de sindicatos e de professores no processo do FME.
– Apropriar-se das experiências das lutas em nível local e fortalecer diálogos com organizações e movimentos para fortalecer lutas concretas como por reforma política, por maior investimento na educação, pela democratização da escola pública (com a inclusão de todos os segmentos na sua gestão)
– Fortalecer o espaço do Almanaque em relação a aprendizagem. Ter, por exemplo, uma plataforma com o perfil de comunidade de práticas (ex:https://novo.atencaobasica.org.br/). Promover espaços permanentes de discussão, diálogo.
– Identificar lições a serem aprendidas das lutas que aconteceram recentemente na Espanha, no Brasil, na Colômbia etc.
– Mapear agendas locais, regionais e mundiais e fazer com que o FME esteja presente, por exemplo, no CONFITEA e no FSM Canadá.
– Realizar um FME temático da juventude, onde a ênfase seja a participação jovem e o compartilhar de experiências educativas transformadoras (garantir a participação de secundaristas de SP)
– Realizar edições do FME durante o ano letivo, evitar agendar para as férias escolares.
Excelente contar con estos aportes. Felicitaciones!
Oscar