Parceria com Instituto Ayrton Senna escancara a mercantilização

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa dos/as trabalhadores/as da educação básica do setor público brasileiro, recebe com preocupação a relação cada vez mais estreita entre o Ministério da Educação e o Instituto Ayrton Senna (IAS), que aponta para a estratégia escamoteada do atual governo federal de ampliar as possibilidades de mercantilização da educação brasileira e, no limite, a sua própria privatização.

Notícias dão conta de que no último mês de junho foi assinado um documento entre os presidentes do CNE/MEC e do IAS com o propósito de construção de uma agenda técnica para o desenvolvimento de estudos que orientem as futuras diretrizes sobre a educação integral no Brasil, quanto às questões de alfabetização.

A tradução dessa notícia deve ficar clara para toda a sociedade brasileira: a agenda técnica que interessa ao Instituto Ayrton Senna converge em sua quase totalidade com as políticas adotadas pela atual gestão do Ministério da Educação que, desde a aprovação da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental, abre espaço para que entidades privadas passem a gerir o sistema nacional de educação nessa etapa de ensino, assim como ocorreu também com o processo do ensino médio. Essa parceria entre o MEC e o IAS, para além do subterfúgio de auxiliar o país no combate ao analfabetismo no país, discurso que somente é um verniz que escamoteia os reais interesses por detrás das muitas grandes empresas que financiam esse Instituto, representa a absoluta captura da política educacional, da gestão pública e do orçamento da União pelos setores privados.

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