FMEPT: Tecnologias a serviço da formação dos jovens e dos professores

As tecnologiasalt são um instrumento para auxiliar na formação dos jovens e melhorar o diálogo entre alunos e professores, mas não resolverão sozinhas os problemas da educação. Essa foi uma das discussões que ocorreram na tarde desta quinta-feira (31) durante o debate “Juventude, Tecnologias e Inovação”, durante o II FMEPT. O debate contou com a participação dos pesquisadores Juana M. Sancho Gil (Espanha), Alberto Croce (Argentina) e Fernando Albuquerque Costa (Portugal), além da mediação da brasileira Monica Fantin, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Segundo a professora da Universidade de Barcelona Juana M. Sancho Gil, o processo de socialização dos jovens sofreu muitas mudanças nos últimos anos, devido à presença cada vez mais cotidiana das tecnologias na vida das pessoas. No entanto, a escola não acompanhou essa mudança e, com isso, tornou-se “analógica” em relação a uma geração de jovens “digitais”.

Além disso, o uso da tecnologia na escola ainda não foi incorporado nem pelos professores e nem pela instituição escolar como um todo. “A escola ainda se apóia basicamente em textos, enquanto o mundo tomou um formato multi-alfabético”, diz.

Para o professor Alberto Croce, da Fundación SES, da Argentina, um dos principais desafios da educação é fazer com que os estudantes utilizem o computador para aprender. “Os jovens já estão habituados a utilizar o Google, a Wikipedia e o Youtube para fazer pesquisas, mas a aprendizagem passa também pelos processos de criação e de elaboração. Mas os professores também precisam incorporar o ‘digital’ na sua própria formação”, destaca.

O português Fernando Albuquerque Costa, da Universidade de Lisboa, defende, no entanto, que a utilização crescente da tecnologia no cotidiano escolar não irá promover sozinha a transformação necessária na educação. “Existe essa expectativa de que as ferramentas sejam a solução. Mas a escola ainda não compreendeu e nem incorporou as tecnologias de forma adequada”, afirma.

Segundo a mediadora do debate, Monica Fantin, o uso da tecnologia implica mudanças no próprio conceito de alfabetização. “Ser alfabetizado não é somente saber ler e escrever. É preciso saber, por exemplo, interpretar imagens, verificar informações, além de outras habilidades”, diz. (Daniel Augustin Pereira)

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