Debatedoras do FME falam de educação, ambiente e sustentabilidade

«Educação, Ambiente e Sustentabilidade» foi o tema do segundo dia de debates do Fórum Mundial de Educação Temático (FME) – Pedagogia, Região Metropolitana e Periferias. No centro das discussões – que teve a mediação da integrante do Instituto Paulo Freire, Sheila Ceccon – estavam a prefeita de Comunal I de Bakao – Mali (África), Fotoumata Konte, a representante da associação feminista União de Mulheres Alternativa e Resposta de Portugal (UMAR) – Brasil, Leslie Campaner de Toledo e, pelo Instituto Superior de Cabo Verde, Aidil de Carvalho Borges.

A representante africana Fotoumata defendeu que é possível construir um novo mundo e melhorar as condições de vida nas comunidades pobres, através da educação. “O desenvolvimento sustentável pode ser construído com a promoção da escola”, ressaltou, afirmando que é a partir do desenvolvimento local, da promoção de democracia e da participação da população no seu próprio desenvolvimento que isso se torna possível.

Leslie abordou o tema sob a perspectiva de gênero. “Não há sustentabilidade sem as mulheres”, declarou, lembrando que há mais educadoras do que educadores nas escolas. Mas ponderou que essa grande representatividade não ocorre nas direções das escolas. Questionou o motivo pelo qual, dentro de um processo democrático de eleição, as direções ainda ficam, na maioria dos casos, em mãos masculinas. “Precisamos nos preparar para mudar isso”.  Entre outras declarações, comemorou que este é o FME com mais presença feminina, desde sua primeira edição.

Aidil trouxe a experiência de Cabo Verde. Falou da dicotomia metrópoles versus periferias na realidade africana, muito diferente dos continentes americano e asiático. “Existem várias Áfricas no mesmo continente”, afirmou, informando que lá não existem grandes centros urbanos, apesar de ser o terceiro continente em tamanho e o segundo mais populoso do mundo. Para a debatedora, a educação é a única forma de libertação do povo africano. O principal questionamento proposto por ela foi “como a educação pode intervir nesse campo”.
Crédito da notícia: Rosilaine Pinheiro

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