“Confiança” e “uma visão de futuro”, reclama António Nóvoa para o país sair da crise, numa entrevista em que o prof. universitário e historiador da Educação, recentemente distinguido com o Prémio Universidade de Coimbra 2014 e o título de reitor honorário da Universidade de Lisboa, aponta os grandes desafios que Portugal tem pela frente, entre eles “apostar na cultura escolar e científica” e “reinventar a democracia, o desenvolvimento e a integração de Portugal na União Europeia e num mundo globalizado”.
É um otimista, por natureza e convicção. Não foge dos problemas, mas prefere perseguir soluções. Interessa-lhe o passado, mas sempre numa perspetiva de futuro. Numa atitude de “construção” que acredita ser o dever de um “homem de ação”, como se considera. “Agir com sentido de futuro” é o que tem procurado ao longo da sua vida, diz António Nóvoa. Quer entre 2006 e 2013, “num tempo de grandes dificuldades, quando tudo parecia impossível”, como reitor da Universidade de Lisboa (UL), em que promoveu com o da Universidade Técnica, António Cruz Serra, a fusão de ambas as instituições, em 2012. Querem desafios mais recentes, como a preparação de um programa de formação de professores, no Brasil, pais em que é especialmente (re)conhecido e prestigiado, de que agora se ocupa.