Publicação do Fórum Social Mundial 2015

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Túnis, capital da Tunísia, sediou pela segunda vez o Fórum Social Mundial, entre os dias 24 e 28 de março de 2015.

A participação de diversas delegações internacionais na décima edição do Fórum Social Mundial (FSM) soou como um apoio ao povo tunisiano na sua luta contra as forças conservadoras e antidemocráticas. Estiveram presentes, na capital Túnis, cerca de 45.000 ativistas de 4.400 organizações e movimentos de mais de 120 países, e a delegação brasileira, a maior vinda da América Latina, destacou-se pela sua diversidade.

O ‘Coletivo Brasileiro rumo ao FSM 2015 na Tunísia’ foi responsável pela organização de um total de mais de 200 pessoas, representando cerca de 100 organizações e movimentos de todo Brasil e dos mais diversos segmentos. Além da produção de uma publicação que traz um relato das atividades centrais feitas no marco do projeto e que permitiu a participação dessa diversidade de atores e atrizes, bem como fotos e documentos relativos às múltiplas articulações nas quais a sociedade civil brasileira está envolvida internacionalmente.

O Coletivo Brasileiro

Para esta segunda edição sediada na Tunísia, um grupo de organizações tomou para si a responsabilidade do processo de rearticulação do grupo brasileiro ligado ao FSM, com o objetivo de mobilizar movimentos e organizações nacionais ou regionais que estiveram ou estão envolvidos com o evento, assim como informar sobre os processos em curso, trocar reflexões sobre o FSM e buscar convergências. Dessa forma foi constituído o Coletivo Brasileiro, composto por sete organizações (Abong –Associação Brasileira de Organizações não Governamentais, Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, CUT – Central Única dos Trabalhadores, Flacso – Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Geledés – Instituto da Mulher Negra, IPF – Instituto Paulo Freire, UBM – União Brasileira de Mulheres), que coordenou diversas atividades preparatórias e foi responsável pelo projeto nacional que levou cerca brasileiros à Túnis. A participação da maior parte da delegação brasileira foi viabilizada por um projeto coletivo de âmbito nacional patrocinado pela Petrobras e que contou com apoio da Secretaria Geral da Presidência, fruto de um processo participativo e transparente que contemplou diversos eventos de mobilização nos dois últimos anos, dentre os quais um seminário internacional preparatório rumo a Túnis (em Salvador-BA) e um processo público de seleção de representantes de organizações, além de dinâmicas de articulação das próprias organizações em diversos Estados, como na Bahia (onde uma parte da delegação recebeu o apoio do Governo do Estado), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Amazonas.

Organizações brasileiras no FSM

No espaço reservado ao FSM a Casa Brasil (uma tenda de 300 metros de extensão, capacidade para cerca de 150 pessoas e tradução simultânea para inglês, francês e português) era ponto de referência e de encontros. As organizações brasileiras propuseram um conjunto de debates sobre assuntos de interesse comum, em parceria com outros atores internacionais da sociedade civil e com representantes governamentais brasileiros. De forma geral, foi ressaltada a alta qualidade das mesas sobre participação social e popular, experiências e modelos democráticos, agenda pós 2015, enfrentamento ao racismo e democratização da comunicação, assim como a visibilidade do país e das lutas travadas no país. Merece ainda ser citada a recepção da delegação brasileira pela Embaixada do Brasil realizada na noite do dia 26, com a presença de representantes dos governos federal, dos Estados de São Paulo e da Bahia, entre outros.

Outro dado revelador da importância da participação nacional no evento é que cerca de 50 % da cobertura alternativa do FSM foi de brasileiros, representando organizações como a Abong, Ciranda, Mídia Ninja, Barão de Itararé e Ibase, segundo a Agência Social de Notícias.

Paralelamente ao FSM e em função de sua realização, ocorreram também o 4º Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML), a Assembleia Geral do Fórum Internacional das Plataformas Nacionais de ONGs (FIP), a Assembleia das Mulheres, a Assembleia dos Movimentos Sociais, marchas, reuniões da delegação brasileira (encontro de boas-vindas, encontro com representantes do governo, reunião de avaliação do processo), Fórum de Saúde, Fórum Parlamentar, Assembleia de Juventude e, por fim, a Missão Gaza, que organizou a tentativa de fazer com que brasileiros ingressassem na Palestina em uma missão humanitária para conferir os abusos cometidos no campo da violação dos direitos humanos e prestar solidariedade à população local. A missão, que teve início logo após o encerramento do FSM, no entanto, sofreu embargo de Israel, e teve suas atividades adiadas.

A publicação

O Instituto Paulo Freire disponibiliza o livro «Fórum Social Mundial 2015 – Processo do Coletivo Brasileiro rumo à Tunísia» na íntegra. Para baixar, clique na imagem./ aqui

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