por – Jacy Afonso. Secretário de Organização Sindical da CUT
Ensinar é um exercício de imortalidade, diz Rubens Alves. “De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra”. Afirmativa confirmada pelas crianças que, embevecidas, veem na professora (sim, porque são imensa maioria na profissão), infinitas possibilidades. Mais do que alguém que transmite conteúdos, educadores/as estabelecem relações, exercitam lideranças profissionais, sociais, políticas. A relação professor/a e criança, para além da proximidade das datas comemoradas em outubro, se estabelece naquilo que Moacir Gadotti define como “tratado de sonhos e sentidos na perpetuação da boniteza do ensinar-e-aprender”; convivência escolar não nasce da mera execução de um currículo oficial, visto que a relação entre o cognitivo e o afetivo é o fundamento do fazer educativo.