Criticada pelo governo, metodologia Paulo Freire revolucionou povoado no sertão

Por Marcelle Souza, da Repórter Brasil

Antes do exílio, educador alfabetizou de 300 adultos no interior do Rio Grande do Norte em curso que, ironicamente, foi financiado pelos EUA

 Um povoado desconhecido no sertão brasileiro, com alta taxa de pobreza e uma multidão de trabalhadores analfabetos, viveu uma revolução: em apenas 40 horas, um grupo de professores liderados pelo educador Paulo Freire ensinou 300 adultos a ler e a escrever. Mais do que criar novos leitores, a primeira experiência de alfabetização em massa do país, realizada em 1963, em Angicos, no Rio Grande do Norte, gerou novas possibilidades de emprego, deu aos trabalhadores o tão sonhado poder do voto e os ensinou sobre seus direitos – especialmente os trabalhistas.

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