Fortalecimento permanente dos espaços de resistência. Roberto Franklin de Leão

CONTRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ROBERTO FRANKLIN DE LEÃO PARA A EDIÇÃO DE Nº 100 DA REVISTA ALMANAQUE, REVISTA VIRTUAL DO FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO

Em tempos de permanente ataque aos direitos dos trabalhadores em todo o mundo, aqui incluídos os trabalhadores em educação, não pode haver outro mote de ação para todos nós do que o fortalecimento permanente dos espaços de resistência, sejam eles subnacionais, nacionais ou internacionais. A resistência política hoje se coloca como um imperativo ético diante de tamanhos retrocessos a que estamos submetidos em todos os campos da vida social humana.

O recrudescimento das violências de todo o tipo, fomentadas por um caldo cultural de pensamentos de exclusão e preconceito contra as diferenças, transforma o nosso período histórico em um curva de descenso nas garantias de direitos. É fundamental, portanto, iniciativas que agreguem a luta.

As dificuldades no setor da educação exigem, cada vez mais, uma organização supranacional para o enfrentamento aos processos de privatização e mercantilização da educação, processos esses que se dão no mundo inteiro, com diferentes intensidades, mas que têm o mesmo norte e objetivo. No Brasil, os espaços de resistência também deverão estar à altura dos desafios postos aos trabalhadores em geral, e aos da educação em particular: um governo ilegítimo que almeja, de toda maneira, diminuir os direitos sociais e ampliar as possibilidades de privatizar e mercantilizar tudo o que for possível.

É diante desse cenário que o verbo resistir deve ser o norte de nossa ação política e a fagulha de esperança de nossos sonhos, em todos os espaços de atuação em que estivermos inseridos. E não tenhamos dúvida que o Fórum Mundial de Educação, com esse seu Almanaque, que chega agora à sua edição de número 100, se constitui em um desses importantes espaços de luta e resistência mundial!

Brasília, 22 de agosto de 2017

Roberto Franklin de Leão

Secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE/Brasil e Vice-Presidente da Internacional da Educação – IE

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